20100907

Da madrugada chuvosa de 7/set.

Não tenho o habito de escrever aqui em Londrina, seja por falta de tempo, motivo ou vontade.

Mas uma madrugada chuvosa nos inspira. Não posso dizer que estou triste, tampouco posso dizer que estou radiante. A vida vai seguindo por caminhos díspares. Não condiz com o nosso humor. As vezes chega perto, mas de uma forma geral ela brinca aleatoriamente, diluindo nossas alegrias, coagulando nossas tristezas e por vezes sem tocar em nada por longos períodos de tempo dando-nos a falsa imagem da tranquilidade e estabilidade.

O universo não se criou assim, por que vida de um organismo deveria ser estável então? De qualquer forma, evoluímos numa vertente que cada vez mais se aproxima do propósito de adaptar o meio aos seus modos de vida que acaba por coibir as diferentes manifestações de grupos distintos. Temos medo do que nos foge à compreensão e buscamos a todo custo manter a vida que levamos.

Não é de se admirar que dessa grande maioria estagnada, surgem os indivíduos que, inquietos com a monotonia, quebram esse paradigma e buscam novos horizontes e formas diferentes de se enxergar o mundo. Hora e outra todos nos incomodamos com o freio que nos é imposto pelo inconsciente coletivo e partimos para nosso consciente individual de forma a mudar o que nos incomoda.
Me amedronta o tempo que isso pode levar para acontecer. E como se comportar. Mas, novamente, é apenas um medo do desconhecido e de forma silenciosa vou fazendo minha própria revolução de mim mesmo.

No mais a vida segue, passantes. O prelúdio enevoado da aurora se dissipa em mais uma manhã fria e sem propósito explicito. O Meu teatro interativo, essa peça de repentes modernos, segue também. O descortinar do dia é minha deixa para deixar o palco principal e me recolher no camarim dos sonhos.

Vejo-os em uma próxima madrugada chuvosa, tarde ensolarada, noite fria ou dia qualquer.

[segue meu adeus]

7 comentários:

Anônimo disse...

Interessantes essas suas reflexões, concordo em muitos pontos! Gosto dos seus textos, Eros!

Eros Secundus disse...

que bom, desconhecido =]

Eros Secundus disse...

¬¬

Mário disse...

Eros, paece-me que estás com medo do futuro, incerto e fora do seu controle!

ps: falei de vc ou o que eu senti com o texto? haha

Eros Secundus disse...

hahaha... o futuro nos aflinge a todos e a incerteza é a unica certeza que podemos ter antes da morte =D

no mais eu continuo sabendo que nada sei, e o texto tem um aspecto assim como casca de arvore nova: se acha velho mas reluta em deixar tranparecer o que verdadeiramente esconde, meio que hermético, meio que vazio...

Anônimo disse...

Éros=maluco

Anônimo disse...

completamente =P (gi)