20070923

Das Religiões

Não sei ser critico, polêmico e afins.
Religião é uma coisa complexa. E simples.
Complexa para quem não aceita, e simples para os fiéis. Complexa por ser impossível chegar a um porquê de tantos seres pensantes crerem, simplesmente, em algo que não se vê, não se explica, e mal se entende. Simples porque é só acreditar, dizer-se para si algumas vezes que, seja o que for, está lá e então, acreditar-se-á que está lá. Minha visão mais sólida, até o momento que comecei a escrever esse post, é de que religião é como um objetivo, um norte, algo do gênero na vida das pessoas. Elas parecem ficar meio sem rumo e sem leis se não tiverem a religião acima das outras coisas.
Conversando atoa sobre o assunto com um colega ele comentou, não de forma assustada mas de forma real, que tem receio dos tempos que estão por vir, pelo fato de que toda a nossa geração parece ter começado a ficar cética quanto a assuntos dessa natureza. O receio não tem muito a ver com a religião em si, ele mesmo diz-se não saber a própria opinião, mas sim com o desenfoque da civilização. Em outras palavras, algo como uma rebeldia geral. Talvez. Mas acho que mais importante, (e note-se que eu falo mais importante, e não o mais marcante), será a quebra de preceitos e valores ultrapassados e, quem sabe, um avanço de forma geral na filosofia humana.
Muitos, sim, vão ficar pra trás. Muitos já ficaram, em diferentes épocas. Um exemplo básico, que também é cliché, são as Grandes Guerras, que destruindo isso e aquilo, deixando milhares de pessoas para trás contribuíram para um acelerado desenvolvimento da tecnologia que está como está hoje. Parece besta, mas falar de um mp3, bluetooth, wi-fi, celular com câmera entre tantas outras bizarrices que temos hoje a uns 10, 15 anos atrás era coisa de ficção científica.
Mas de volta ao assunto, me intriga ver pessoas que compreendem o sentido de "apoio" que a religião fornece, e ainda assim teima em se apegar a certos dogmas. Alias, as vezes, eu mesmo me pego em algumas situações em que me deixo levar por certas superstições. Nós temos uma formação, se não religiosa, com muitos vestígios da religião, de uma forma geral. Basta parar e notar tantas interjeições dessa natureza que usamos: "nossa" de Nossa Senhora, "meu Deus", "credo", "vixe" de virgem Maria entre tantas outras.
Não se é possível exterminar a religião, (para os céticos extremistas), ela está encrustrada na sociedade e, de certa forma, melhor assim. É muita gente para ser gerenciada. Imagine cada uma das 6 bilhões de pessoas com idéias próprias e suas próprias leis? Pode ser que a civilização desse um avanço enorme mas enorme, também, ia ser o caos.
Portanto as religiões são boas, quietinhas no seu canto, sem a necessidade de pregadores que te interceptam no ônibus para te vender uma caneta de um real para ajudar, por que a igreja os tirou do mundo das drogas. Palhaçada. E palhaçada maior são os infelizes que compram.
Mas isso ainda dá muito pano pra manga. É o tipo do assunto que não tem fim, não se chega a uma conclusão, e se eu fosse escrever tudo o que penso (note-se que eu não escrevi nem muito do que eu queria ter escrito), ficaria aqui uma eternidade.

Um dos motivos do meu desespero, quando entrei na faculdade, foi justamente a falta de um objetivo. Até então era simples: passar na faculdade. Mas estando aqui, eu me esbarrei com a dificuldade em achar um objetivo. Terminar o curso é um. Mas é muito abstrato. Ainda estou em busca de um bom, mas já tenho alguns nortes. Vamos ver com o passar do tempo o que acontece.
Assim, despeço-me de quem estiver lendo, e agradeço a paciencia de ler tudo, se é que leu tudo =]
Até!

[indo estudar física...]

Um comentário:

Gi França disse...

euu lii tudiinhoo :P