Carta ao Vazio

"Pois bem, Vazio, digamos que acompanhas meu blog numa longa peleja.

Não obstante, visitas neste exato instante todo o meu ser, pesando mais em locais frágeis (como nunca antes havia notado a crstalinidade de tais), e o mais irônico é que me encontro com falta de ar; culpa tao somente de ti.
Tantas palavras a serem ditas, e eu digo justamente as erradas, acredito que na hora errada também, mas não vem ao caso. O fato é que num apelo de desespero peço a todos que leiam, sabendo que hoje em dia ninguém tem paciencia pra ver lamentações alheias, uma vez que não aguentam nem as próprias lamentações, quando o que quero é que apenas uma pessoa leia.

Não sei pedir desculpas (e nessa parte, realmente espero que ninguem tenha tido coragem de ler), apesar de serem necessárias praticamente sempre.

Também sou bobo o suficiente pra confundir as coisas mais simples, e se dizem que errar é humano, o que dirá de cometer o mesmo erro duas vezes?

Porque eu só sei conversar comigo mesmo? (Aqui, definitivamente não gostaria de ninguém lendo). Talvez, muito provavelmente, por me encontrar em um lugar em que o Vazio chegou antes de mim, lugar onde estou longe dos velhos amigos, onde no sei confiar nos novos, e lugar onde duvidas absurdas começam a me assolar, e não sei como tornam-se verdades... Uma catastrofe, se querem saber a minha opinião.

Ainda não acredito que errei duas vezes. (Qualquer um que passar por aqui tentará tirar suas conclusões. Apenas uma meia duzia vai entender de fato, e desses, acredito que nenhum passará por aqui. Mas de verdade, espero que ninguém esteja lendo isso).

Minhas costas dõem, o monitor está embaçado de velho, o teclado imperra e eu fujo do assunto.

Preciso de Alguem pra conversar.

Preciso de Alguem pra estar

Preciso dormir, preciso terminar trabalho de faculdade...

O fato não é mais especial que qualquer outra coisa, mas a dor que me causa é uma que eu ainda não aprendi a lidar. E nem creio que vá aprender...

Vazio, vazio. Por irônia, nesta hora és minha única compania!"

>A fculdade vai bem, obrigado! Já me dei mal em provas dificeis, dormi na grama pra ir pra aula no sabado de manhã, fiz colegas, aprendi jogos bobos legais, fiquei bebado (porque achas que dormi na grama?), medi 9 bolinhas de papel, 15 vezes cada uma pra descobrir que elas tinham 2,5 dimensões (o_O)...

>A casa da minha Tia ta virando estresse, não da minha parte com a dela (ainda...) mas por motivos alheios que não me cabe enuncia-los.

>São Paulo me pegou desprevinido, passou o ônibus na minha frente, me fez esperar 40 minutos na chuva e vento frio com uma blusa despreparada, pra encarar meu primeiro congestionamento, e algumas horas depois eu chegava na usp...

Desde então (sexta, 27) só me ocorreram desencontros. Não pude ir pra minha casa e etc (cansei das minhas desgraças).

Tou com sono, mas deixo aqui meu ultimo apelo, e pedido de desculpa (se é que é desculpa que mais convem).

Gosto muito de todo mundo, e isso me faz mal.

Não vejo propósito em atirar uma pedra na casa de alguem, por isso minhas angustias ficam presas.

Nunca encontrei alguem que eu confiasse mostrar todo o meu livro da vida, mas ultimamente nao tenho encontrado alguem nem pra mostra as gravuras...

Falando em gravura, despeço-me com uma ultima imagem.

Beijos e abraços, sinceros ainda que não pessoalmente.

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