Noto também que está muito frio. Seria difícil não notar, está muito frio. Mesmo.
Noto que não terminei o relatório, [prometo que é a última vez que falo dele...], o que me faz lembrar que eu estou fodido, e o estress ainda não acabou... Quase tive uma crise de nervos já hoje. Muita coisa dando errado uma atrás da outra e, a sensação de impotencia perante à catastrofe, não faz muito bem.
Aponto para o fato de que amanhã é aniversário da minha vó, por parte de mãe. Vale ressaltar que meus meus avós são muito importantes pra mim.
Isso e aquilo. E o que fica mesmo é a lembrança. [Dessa vez nem eu entendi o contexto].
Café sem açúcar. Maquininha desgraçada, acabou com o meu restante de dia ¬¬.
Blusa na perna, cachecol até o nariz, dedos doloridos, janelas do orkut, msn e blog abertas, o que mesmo eu ia fazer durante a madrugada? Ah sim, terminar o relatório...
A prima pede um remédio pra dor de cabeça pra amiga desmiolada. Ganha uma pílula de tarja preta, vai parar no hospital, a tia vai junto e tranca a casa. O Eros chega da aula com a notícia de que vai ter que dormir na vizinha, a tia continhua no hospital. De manhã bem cedo ao acordar descobre que a tia ainda não chegou. La vai o Eros atrás da chave. Enrrola aqui, enrrola ali. mais um dia perdido. A tia volta pra passar a noite em casa. Mais uma noite perdida. E assim vai...
Assistam "Ilha das flores", no youtube, 12 minutinhos, e vale muito a pena!
Ai ai, quantas coisas se passam e eu não sei por em palavras cuidadosas =/. Na duvida eu nem escrevo. Na minha dúvida vocês ficam na dúvida =].
Quero flores. No jardim aos meus pés. Sobre o qual, amarrado em árvores de datas donde o tempo inda não era datado, repouso-me em uma macia rede de algodão. O cheiro do algodão. Sua cor crua. Mais que o cheiro do algodão, o das flores. Mais que destas, o do suco de abacaxi com hortelã. Os pássaros se regojizando em alguma margem próxima não atrapalham. Fazem-me lembrar da simplicidade do pio. Para além das flores tem o gramado. Mato. Verde como tem que ser. Com a senssação de frescor ao olhar. Se o colorido das flores chama a atenção, vocês ainda não viram o mato. A relva dançando ao vento. Brisa leve, morna. Só pra brincar com o mato. E balançar a rede. O suficiente pra entrar em harmonia com os pássaros. Que vão e vem a bel-prazer. Ah, o suco de abacaxi. E pensar que lá na mesa, em algum lugar ao oeste, tem um bolo de fubá me esperando. Ah, o bolo de fubá. E o leite, com um café forte e doce, coado ná hora. A fumacinha brinca aqui dentro, como o mato lá fora. Mas o bolo ainda espera. Mais sete ou oito páginas e o capítulo desse bom livro acaba. O bolo ainda pode esperar um pouco. Esse solzinho. Coado nas largas folhas da copa que quase toca o chão, uns dez ou quinze metros adiante. Laranja. Como o de algumas flores aqui em baixo. Mas as flores não me esquentam. O sol não tem o perfume das flores. Nem posso toca-lo. Quase não consigo olha-lo. Mas que bom que é a sensação que trás. De aconchego. Mesmo estando lá, longe, me aquece e me acolhe. Ah, que bom que ainda faltam 4 páginas. A história esta tão boa. O alaranjado, o rosa, o violeta, o azul do céu. Que senssação de leveza. Será que flutuo? Não sinto meus pés tocarem o chão... "Eros! Vem que o café esta pronto!" "'Ahn?' Já vou..." O turqueza. Os pássaros já não mais brincam por aqui e acolá. Deixam o palco pra uma trupe que esta em cartaz a muito tempo. São as estrelas da encenação. Astros que que não dão autógrafos. São maiores que autógrafos. Brilham na peça, e, sem nem se mover, desde sempre são motivo de aplausos, melodias, horas a fio sem muito propósito. Afinal, precisa ter algum? Olha só o sol se despedindo. Aquelas nuvens ali ao longe, tocando o horizonte ainda brilham. Ah, que arvores, que flores, que sol. Nada como um bolo de fubá quentinho, café com leite e o por do sol. Devo me recolher agora. junto com os pássaros, o sol e todo o colorido do dia. À noite reserva-se apenas o brilho. Eu sou opaco. E como opaco que sou, recolho-me. Ah, cama gostosa. Nada melhor depois de um bom banho quente, que uma cama gostosa. Cama grande, acolhedora. Não tem o calor do sol, mas as lembranças de anos calorosos passados ao seu leito. 'Por quantas lembranças, alegrias e desilusões passaste?' E disto e daquilo o que sobraram? Lembranças...
[saudades]