E o tal do natal
Não tá como tal,
Afinal.
20141224
20140908
20140611
Escreverei
Escreverei
Pra constar que ainda existo
Pra ser lido no futuro e relembrar que nesse passado eu existi
E que se estiver lendo, continuo existindo
Construo essa ponte no tempo, essa passagem secreta que me permite o acesso aos trilhos da minha existência.
A abertura desse caminho só pode ser feito com um tipo de chave: a remanescente memória do que se passa enquanto cada palavra é digitada. Essa ponte não é acessível a qualquer um.
A ponte em si torna-se um conceito abstrato aqui. Sua existência se dá de forma irregular no plano das diversas dimensões pelas quais posso acessa-la. Uma determinada circunstância determinará uma determinada perspectiva dessa ponte.
A ponte, como os trilhos, estão a mercê das intempéries e suas consequências. Visitá-la regularmente pode mantê-la conservada, em sua integridade.
Percorrer os rastros que deixei ajudam a organizar essa linha do tempo, grandes intervalos sem pegadas representam os trechos em que trilhei acima do meu chão. Se pairei a esmo, nas correntes de ar errantes ou se descrevi um voo certeiro, só a distância, de tempo e espaço, vai responder com clareza.
Nesse instante o que se pode perceber é que o pouso foi razoável. Não são as melhores condições climáticas para navegar mas com um pouco de concentração, além da experiência de pousos anteriores, pode-se dizer que posso procurar o trilho novamente.
Não será antes do fim dessas palavras que concluirei alguma coisa acerca do meu caminho.
O trilho, como a ponte, é subjetivo. A conexão que construo agora só existe num tempo futuro. É um caminho às avessas. 'Corremos de costas' nesse trilho, é o que dizem. E sua motivação é incerta. Sou ideias presentes, dispostas a se apresentarem ou nostalgia atemporal, qualquer resquício de pontes abertas e mal fechadas em algum momento do tempo, passado ou futuro?
Como lembretes de senha, digo que corro contra o tempo que decidi adotar, são os pequenos desafios pessoais; levo de forma desajeitada o peso das decisões e, contanto que atinja a próxima decisão, alguns tropeços serão tolerados. Levo também uma neblina, é o despertar da aurora nos campos em que piso. Tenho o dia todo pela frente e não me faço imaginar o que posso encontrar.
Uma longa ponte para um longo trecho do trilho que displicentemente ignorei. E continuarei ignorando. Pois essa é a natureza do caminho: percorre-lo sem vê-lo. Afortunados os que fazem da ponte o alicerce de seus trilhos
Hora de voltar a ser minha própria locomotiva
Quantos vagões terei engatado até o outro lado dessa ponte?
Pra constar que ainda existo
Pra ser lido no futuro e relembrar que nesse passado eu existi
E que se estiver lendo, continuo existindo
Construo essa ponte no tempo, essa passagem secreta que me permite o acesso aos trilhos da minha existência.
A abertura desse caminho só pode ser feito com um tipo de chave: a remanescente memória do que se passa enquanto cada palavra é digitada. Essa ponte não é acessível a qualquer um.
A ponte em si torna-se um conceito abstrato aqui. Sua existência se dá de forma irregular no plano das diversas dimensões pelas quais posso acessa-la. Uma determinada circunstância determinará uma determinada perspectiva dessa ponte.
A ponte, como os trilhos, estão a mercê das intempéries e suas consequências. Visitá-la regularmente pode mantê-la conservada, em sua integridade.
Percorrer os rastros que deixei ajudam a organizar essa linha do tempo, grandes intervalos sem pegadas representam os trechos em que trilhei acima do meu chão. Se pairei a esmo, nas correntes de ar errantes ou se descrevi um voo certeiro, só a distância, de tempo e espaço, vai responder com clareza.
Nesse instante o que se pode perceber é que o pouso foi razoável. Não são as melhores condições climáticas para navegar mas com um pouco de concentração, além da experiência de pousos anteriores, pode-se dizer que posso procurar o trilho novamente.
Não será antes do fim dessas palavras que concluirei alguma coisa acerca do meu caminho.
O trilho, como a ponte, é subjetivo. A conexão que construo agora só existe num tempo futuro. É um caminho às avessas. 'Corremos de costas' nesse trilho, é o que dizem. E sua motivação é incerta. Sou ideias presentes, dispostas a se apresentarem ou nostalgia atemporal, qualquer resquício de pontes abertas e mal fechadas em algum momento do tempo, passado ou futuro?
Como lembretes de senha, digo que corro contra o tempo que decidi adotar, são os pequenos desafios pessoais; levo de forma desajeitada o peso das decisões e, contanto que atinja a próxima decisão, alguns tropeços serão tolerados. Levo também uma neblina, é o despertar da aurora nos campos em que piso. Tenho o dia todo pela frente e não me faço imaginar o que posso encontrar.
Uma longa ponte para um longo trecho do trilho que displicentemente ignorei. E continuarei ignorando. Pois essa é a natureza do caminho: percorre-lo sem vê-lo. Afortunados os que fazem da ponte o alicerce de seus trilhos
Hora de voltar a ser minha própria locomotiva
Quantos vagões terei engatado até o outro lado dessa ponte?
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