Escrever é dos atos mais egocêntricos do homem. Expor tão somente suas próprias ideias, por mais que se use de citações e ideias de outrem, de qualquer forma o que se passa são tão somente suas próprias palavras.
E invariavelmente o único intuito é o de se fazer valer sua própria opinião, acima das dos outros.
Escrever é um ato de libertação, fuga, entretenimento, passatempo, manipulação... Coisas tão ligadas umas as outras como se pode imaginar. Escrever é violento.
E é, também, carinhoso.
Escrever é ocupar-se de algo que preencha o vazio. É retratar a fantasia e a realidade ao bel-prazer.
Escrever é limpo. Escrever é sujo. É o tanto de quanto você quer que seja.
É submisso, é ditador. Escrever reproduz o que se passa em quem escreve. Naquele instante, em outros instantes... Em todos os instantes.
Pode-se retratar o vazio com um milhão de palavras. E, sem pretensões, descrever o Todo com apenas uma...
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